terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Feliz Natal...

... a todos que passarem por aqui! Não deixemos de promover o amor, a tolerância, a generosidade e a paz todos os dias.

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Estava escrevendo um post completamente diferente sobre o assunto, mas não há como ignorar certas coisas que acontecem nesta cidade. No sábado, estive no Méier (minha maneira de dizer que freqüentei o comércio local) para algumas compras de Natal. Caminhava ao longo da calçada da rua Dias da Cruz quando notei um burburinho na altura da Casa&Vídeo. A Guarda Municipal levava embora as mercadorias de camelôs e um dos ambulantes, que teve seus papéis de presente confiscados, estava inconsolável. Indignado, o homem chorava, tentava se jogar contra os guardas, mas era impedido por duas ou três senhoras. Elas lhe diziam que dariam a ele o dinheiro equivalente à mercadoria levada, mas o homem se recusava a aceitar. Pessoas que passavam pelo local formavam uma pequena aglomeração e gritavam palavras hostis para a Guarda Municipal.

O camelô estava irregular? É bem possível. No entanto, é repugnante essa prática de tomar a mercadoria dos ambulantes. Já ouvi muitas histórias de pessoas que nunca conseguiram recuperar o material levado, já vi um trabalhador ser algemado porque os produtos que vendia não tinham registro.

Cerca de dez minutos depois, ainda na Dias da Cruz, próximo ao Correio, ouvi uma mulher com os braços cheios de capas para almofadas gritar "Corre!" para um rapaz que estava com ela e bater em disparada sem nem ao menos receber o dinheiro da venda que acabara de fazer. O rapaz, por um triz, escapou de ser alcançado por um guarda que ficou rindo com ar de deboche. O que eu acho "engraçado" é que, se algum transeunte tivesse sido vítima de assalto, dificilmente um policial apareceria com a mesma rapidez com que a Guarda Municipal corre atrás dos camelôs.

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