terça-feira, 9 de junho de 2009

Lata d’água na cabeça

As torneiras do prédio onde moro estão a seco. É a segunda vez este ano. A primeira aconteceu por volta do final de fevereiro, início de março, aquela época de carnaval. Fomos obrigados a passar alguns dias à base de carro-pipa. Acampei duas noites na casa dos meus pais, para pelo menos garantir o banho. Aparentemente, o problema fora uma das infindáveis obras da CEG na região, que detonou um cano na calçada e comprometeu o abastecimento do prédio. A partir daí, ficamos na mão da Cedae, que, comenta-se só deu o ar da graça porque era preciso instalar (ou substituir) um hidrômetro.

Três meses mais tarde, eis que somos agraciados com esse infeliz déjà vu. Desde o fim da semana passada, a água da rua não tem força para chegar até o prédio, mesmo com a bomba ligada. A suspeita é de que o conserto do início de março não tenha sido bem executado e a pressão da água, após um recente racionamento, tenha rompido mais uma vez o cano.

Acionada, a Cedae deu um prazo de 72 horas – que, detalhe, se encerrava no domingo. Jacaré apareceu? Pois é, nem viv'alma da Cedae. No início da noite de ontem, o segundo carro-pipa foi comprado, só que a água deve ter evaporado. Ao abrir a torneira para tomar meu banho, fiquei feito palhaça, encarando o chuveiro seco como um deserto sem oásis. Mais uma vez, fui obrigada a fazer uma malinha e correr para a casa dos meus pais. Hoje de manhã, assuntando com o porteiro, soube que apesar de a síndica ter telefonado para a companhia inúmeras vezes durante toda a segunda-feira, ninguém se dignou a tentar resolver nosso problema. Com a proximidade do feriado, desconfio de que teremos o privilégio de desfrutar de uma semana inteirinha a seco. Agora, ouse não pagar a conta para ver o que acontece.

Nenhum comentário: